FRATURA DO ÚMERO PROXIMAL

As fraturas do úmero proximal representam cerca de 4 a 5% de todas as fraturas e são as mais comuns do úmero (45%). A maior incidência dessa fratura na população idosa está relacionada com a Osteoporose, acometendo cerca de trezentas mil pacientes por ano (mais comuns que as fraturas do quadril).

Como ocorre a fratura do Úmero Proximal? Os principais mecanismos de fratura do úmero proximal são o trauma direto no ombro e a queda da própria altura sobre o braço estendido, mecanismo esse típico de mulher idosa e osteoporótica. Em pacientes mais jovens, geralmente, a fratura ocorre após traumas por mecanismo de alta energia, como nos acidentes automobilísticos. 

Quem tem maior risco de fraturar do Úmero Proximal? Os principais fatores incluem sexo feminino, idade avançada (3/4 dos casos de fratura ocorrem em pacientes com mais de 60 anos), comorbidades, uso de tabaco/cigarro e álcool, fratura prévia, histórias de quedas e presença de Osteoporose. A fratura do úmero proximal tem relação direta com a evolução da Osteoporose, o que explica a maior incidência no sexo feminino dessa fratura (cerca de 3 mulheres para 1 homem).

Como é feito o diagnóstico? Além da história clínica e do exame físico, a utilização de alguns exames de imagens auxilia no diagnóstico e no planejamento da conduta terapêutica. A radiografia (RX) é o exame mais acessível e o mais utilizado para essa finalidade. A tomografia é muito útil para uma melhor avaliação do padrão de fratura. 

Todas as fraturas são iguais ou existe alguma mais grave do que outras? As fraturas do úmero proximal diferem entre si em termos de gravidade. Dentre os principais parâmetros, 3 se destacam para dizermos quão mais grave é a fratura. São eles: 

1- Fraturas expostas ou lesões associadas; 

2- Desvio dos fragmentos; 

3- Padrão da fratura.

Como é feito o Tratamento ? 

A maioria das fraturas do úmero proximal pode ser tratada de forma conservadora, por meio do uso de imobilização. A melhor indicação é feita nos casos de fraturas com pouco desvio, que correspondem a cerca de 80% de todas as fraturas do úmero proximal. O tratamento é feito com tipoia por cerca de 7 a 10 dias e depois é iniciado com movimentos pendulares, se não houver crepitação no foco fraturário. Se houver crepitação, a imobilização é mantida, sendo sempre realizado o acompanhamento radiográfico. Em torno de 3 a 4 semanas, os exercícios ativos leves são iniciados. Entre 6 e 12 semanas, o paciente pode iniciar alongamentos e exercícios contra resistência leve.O retorno a um arco de movimentos e à função quase normal é esperado após 1 ano.

As indicações mais aceitas para o tratamento cirúrgico de fraturas agudas do úmero proximal são fraturas expostas, comprometimento neurovascular associado e politraumatismo. Outras indicações são os grandes desvios e deslocamentos das partes. As demais situações devem ser avaliadas caso a caso. Dentre as principais técnicas empregadas, está a utilização de placas, parafusos, fios (pinos) e Artroplastia (prótese).